quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Grito dos Excluídos 2013- Juventude que ousa lutar constrói o Poder Popular!


Pela Comissão Política Regional
setembro de 2013

Mais uma edição do Grito dos Excluídos ocorre no Brasil, contudo, enriquecida por uma conjuntura que lhe atribuiu uma maior envergadura. Uma envergadura de articular um conjunto de lutas e pautas que foram potencializadas pelas grandes manifestações de Junho e Julho desse ano.

A 19ª Edição do Grito possuiu como pauta central as demandas da juventude no contexto de exclusões sociais, tendo como eixo “Juventude Que Ousa Lutar Constrói o Poder Popular” (*).

As Mobilizações organizadas no entorno do Grito de 2013 trabalharam e buscaram envolver a juventude excluída das universidades e escolas, mas também dialogando com as que estão nesses espaços sofrendo com a ofensiva dos projetos educacionais do governo que sucateiam e ataca a educação pública, a juventude excluída do mercado de trabalho, exterminada de todas as formas possíveis, tanto culturalmente, ideologicamente como fisicamente com militarização da vida e o aumento da repressão policial.

Trabalhando com bandeiras como: direito ao transporte público e a tarifa zero; contra a violência do Estado e pela desmilitarização da Polícia; não à criminalização da juventude e não à redução da maioridade penal; não ao recolhimento compulsório; pelo direito a moradia e pelo direito a terra; pelo direito a saúde e educação pública e de qualidade, pelo fim do monopólio da informação e pela democratização da mídia; pelo fim da violência contra a mulher e contra a homofobia; pelo fim dos leilões do petróleo; anulação da concessão do maracanã e contra a privatização do lazer e da cultura; pela auditória das obras da copa do mundo; pela redução da jornada de trabalho sem redução salarial; pela construção do Poder Popular e se somando às lutas de “Cadê o Amarildo?” e do “Fora Cabral!”.

A articulação de todas essas lutas costura um tecido de um forte grito contra o modelo de desenvolvimento voltado aos interesses do capital, envolvendo movimentos numa luta contra o modelo capitalista e sua materialização no espaço urbano e rural, no domínio econômico e cultural, na política e repressão.

No dia 7 de Setembro reuniu-se o conjunto de movimentos sociais, populares, sindicais, estudantis, partidos políticos anarquistas, autonomistas e ativistas individuais para gritar por uma verdadeira independência, eixo primário da articulação do grito dos excluídos, desenvolvendo toda essa complexa pauta, mas que poderiam se resumidas num grito pela vida, em defesa do futuro, contra o capital e pelo Poder Popular.

A presença ostensiva da polícia e de outros instrumentos de repressão do Estado demonstrava o nível de dialogo que o poder e os interesses por trás do poder formal estavam interessados em fazer.

Todas as formas de intimidação foram usadas, desde a ameaça de prisões ainda na concentração do ato até o atraso na liberação do carro de som, o que inviabilizou a presença desse importante instrumento para a passeata, que, mesmo sem carro partiu em marcha pela Avenida Presidente Vargas.

Contudo, nem mesmo a ação truculenta da polícia, que potencializou a explosão de diversos momentos de tensão ao longo do ato, que ainda teve várias prisões arbitrárias e o uso de extrema violência contra os manifestantes, impediu o Grito dos Excluídos de chegar ao monumento de Zumbi e encerrar o ato de forma unitária e vitoriosa.

O Partido Comunista Brasileiro, a União da Juventude Comunista e a Unidade Classista estiveram presentes em todos os momentos, tanto do ato, quanto da construção, desde o mês de maio, quando se iniciou a preparação das mobilizações. Os comunistas brasileiros cumpriram importante papel na preparação e na construção unitária do Grito, estando presente em grande número.

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(*) O Tema aprovado pela Articulação Nacional do Grito era “Juventude que Ousa Lutar, Constrói o Projeto Popular”, contudo a articulação do Grito no Rio de Janeiro, em conjunto com a Plenária dos Movimentos Sociais, espaço unitário de articulação das forças políticas dos movimentos sociais, populares, sindicais e de partidos do campo socialista, aprovou de forma unanime a mudança do tema para Juventude Que Ousa Lutar, Constrói o Poder Popular”