segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Campos: ato no dia 18/ 12/ 12 na Usina Cambahyba

Segue abaixo convite do MST para ato pela memória, verdade e justiça e pela desapropriação das terras da Usina Cambahyba, em Campos dos Goytacazes.



Fraude nas urnas eletrônicas e a questão eleitoral

Pela Comissão Política Regional
17/ 12/ 2012

Há pouco foi divulgado, pela mídia, o depoimento de um suposto hacker sobre as facilidades de burla ao sistema de dados da Justiça Eleitoral, inclusive com alteração nos resultados das urnas eletrônicas. Tal fato, ainda sob investigação policial, levantou polêmica e chocou os entusiastas do processo eleitoral brasileiro, um dos "mais avançados e seguros" do mundo.

Nós, que não temos ilusões na democracia institucional burguesa, sabemos que as classes dominantes fazem de tudo ao seu alcance para impor seus interesses, mesmo que -e principalmente- passe por cima da vontade da população. Isso se reflete, como não poderia deixar de ser, no processo eleitoral, que é viciado em todas as suas fases- desde as inúmeras condições de elegibilidade exigidas para os registros de candidaturas, passando pelo cerco à propaganda e contas de campanhas (medidas que atingem na verdade aos partidos pequenos, que não possuem grandes aparatos de recursos e de pessoal para dar conta de tantas minúcias da legislação eleitoral), até o momento da totalização de votos (que, como se vê, não é "segura" como a propaganda oficial alardeia). Trata-se de um modelo excludente, pouco legítimo e que passa longe do que deveria ser uma democracia, mesmo para os moldes limitados do institucionalismo burguês. Por outro lado, os grandes partidos usam e abusam do poder econômico e político, impunemente, sempre contando com o aval do sistema que representam.

Apesar de tudo, seguimos a lição de Lênin: não desprezamos a importância da luta TAMBÉM na via institucional. Com todas as vicissitudes (próprias, como dito, à sociedade de classes) o embate eleitoral -mas jamais eleitoreiro- é ferramenta importante para esclarecer a classe trabalhadora, denunciando e expondo as mazelas do sistema. Ao mesmo tempo, não menosprezamos a possibilidade de, através das eleições, fomentar e implementar propostas que, mesmo limitadas pela natureza do sistema vigente, tragam benefícios aos trabalhadores.

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(Notícia relacionada aqui).

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Paes e Cabral: a aliança do Mal

Pela Comissão Política Regional
10/ 12/ 2012

Na esteira da política de enriquecer pessoalmente, às custas dos futuros megaeventos sediados no Rio de Janeiro, o governador e o prefeito em sua ansiedade contumaz para agradar aos seus amigos empreiteiros estão a ponto de perpetrar mais um crime contra o patrimônio imaterial de nossa cidade. A pretexto de construirem vestiários aquecidos para os atletas que irão competir na Copa de 2014, Paes e Cabral pretendem demolir de uma só vez o Estádio de Atletismo Célio de Barros, o Estádio de Natação Julio Delamare e, pasmem, uma escola municipal. Trata-se da Escola Municipal Friedenreich, a 4ª escola de melhor qualidade no município e a 10ª do Brasil, provando que é possível um ensino público de qualidade, desde que sejam dadas as condições para tanto.

A escola, que se confunde com a história do complexo esportivo do Maracanã, possui alunos cujos pais também estudaram ali, não sendo simplesmente um prédio de cimento, argamassa, cadeiras e mesas, quadros e salas de aula. Trata-se de um reduto multiplicador de educação de boa qualidade, de um local que traz recordações, tristezas e alegrias, há mais de uma geração de cariocas. Querer demolir a Escola Municipal Friedenreich é querer retornar à República Velha, antes de 1930, quando o patrono da escola, o jogador de futebol Friedenreich, o Pelé da década de 1910, mulato descendente de alemães, precisava se cobrir de pó-de-arroz para jogar futebol, esporte de brancos ricos. Paes e Cabral, com certeza, têm saudades daqueles tempos, quando poderiam arquitetar seus planos sinistros, sem que houvesse maior resistência. Hoje, além do PCB, outras entidades da sociedade civil participam da resistência à aliança do Mal, simbolizada em Paes e Cabral, palavras que, não por coincidência, rimam com Capital...