quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Público terá acesso a quantidade reduzida de ingressos para a Copa das Confederações

Pela Comissão Política Regional
28/ 11/ 2012

Dos 829.286 ingressos "adquiríveis", apenas 477.441 serão postos à venda para os torcedores (50.000 dos quais somente para brasileiros). Essa notícia, divulgada pela FIFA, que ficará com 351.845 ingressos. Para as federações, serão reservados 22.435 bilhetes e, para empresas de turismo e outras associadas ao evento, 244.330.

A notícia apenas confirma o que todos já sabiam. A Copa das Confederações, assim como a Copa do Mundo e o esporte profissional em geral, é, antes de tudo, um grande negócio, um investimento de capitais visando ao lucro, envolvendo construtoras, emissoras de TV, fabricantes de material esportivo e muitos outros setores da economia. Fatura-se muito, e, certamente, superfatura-se muito mais. E os promotores, é claro, querem vender para quem paga mais, o que exclui, necessariamente, a maioria dos trabalhadores. Mais ainda, com a redução relativa do porte dos estádios e a conseqüente redução do números de lugares, vem a inevitável alta dos preços dos ingressos e a tendência ao câmbio negro.

E o pior, e é o que tudo leva a crer, é que os equipamentos sociais construídos – em muito, por exigências da FIFA, como os sistemas de transporte públicos – não correspondem às melhores opções técnicas e econômicas e muito menos às reais necessidades sociais, como no caso do BRT, construído em substituição aos sistemas de metrôs e VLTs, que transportam muito mais passageiros e são muito mais eficientes, em todos os sentidos.

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Sérgio Cabral, o protegido de Dilma

Pelo Secretariado Regional
23/ 11/ 2012

O governador do Rio de Janeiro está convocando a população para um ato no dia 26 de repúdio à "injustiça" que foi a votação sobre os royalties do petróleo, aí incluído o pré-sal. Polêmica à parte, tal manifestação reveste-se de pura demagogia de quem pretende, com atos desse tipo, se isentar da participação nos últimos escândalos político-financeiros que abalaram o país. Injustiça maior é o governador Sérgio Cabral passar incólume pelas "investigações" da CPI do Cachoeira, onde suas íntimas ligações com a Construtora Delta poderiam ser esmiuçadas. Injustiça maior, é a privatização do Maracanã, após terem sido gastos mais de UM BILHÃO de reais dos cofres públicos. Injustiça maior, é a desativação de uma escola municipal de referência dentro das obras do Complexo do Maracanã, que vai perder também os recém-reformados estádios de atletismo Célio de Barros e de natação Julio de Lamare.

Lembram-se quando o governador chamou um adolescente da Mangueira de "otário", porque o garoto reivindicava algum melhoramento para aquela comunidade? Pois é, o governador continua considerando a população do Rio de Janeiro um bando de "otários", sempre blindado pela base aliada do governo federal em Brasília, liderada por PMDB e PT, sob as bênçãos da gerente do capitalismo Dilma Rousseff, que faz pose de moralista, enquanto o povo continua manipulado por esse tipo de político como é o governador do Rio de Janeiro.

Luís Maranhão- resgate de um militante comunista

Pelo Secretariado Regional
23/ 11/ 2012

O Secretariado Regional do PCB-RJ saúda a iniciativa do MST, no sentido de dar o nome de Luís Maranhão ao assentamento formado dentro da Usina Cambahyba (Campos dos Goytacazes), local onde a ditadura empresarial-militar incinerou pelo menos uma dezena de militantes que combatiam o arbítrio instalado no Brasil em 1964.

Luís Maranhão, jornalista e militante comunista, desde cedo lutou contra as trevas que se abateram sobre nosso país, a partir de 1º de abril de 1964. Preso e barbaramente torturado, na ofensiva que se abateu sobre o PCB em 1974/1975, foi assassinado e, juntamente com outros militantes, teve o corpo incinerado em tal usina.

A iniciativa do MST é saudada pelo PCB, visto que instalamos nossa própria Comissão da Verdade, não nos submetendo ao oficialismo do Palácio do Planalto, que insiste em burocratizar uma questão política, demonstrando, mais uma vez, o espírito de conciliação com os torturadores do passado, sejam eles militares, policiais ou empresários.

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(Notícia relacionada aqui).

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Não ao fechamento de Escolas Noturnas no Rio de Janeiro

Pela Comissão Política Regional
19/11/2012

Foi anunciada, recentemente, pela Secretaria Estadual de Educação (Seeduc), a intenção do governo do Estado de fechar 48 escolas noturnas. Os prédios das escolas serão transferidos para os Municípios, que não oferecem o Ensino Médio, e os alunos serão transferidos para outras escolas da rede, de acordo com a Seeduc.

No mesmo processo, foi anunciado, também, o fechamento, com a demolição do prédio, da Escola Municipal Friedenreich, no Maracanã – uma das melhores do Estado – segundo dados da Secretaria Estadual de Educação, para dar lugar a instalações esportivas, o que vem gerando protestos da comunidade e uma ação na Justiça, movida pelos pais dos 349 alunos da instituição.

Uma forte mobilização em contraposição a esta ameaça vem sendo promovida pelo Sepe, o Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação, em conjunto com profissionais de educação, pais e alunos envolvidos. “Fechar escolas é crime”, brada o Sepe. Ainda mais no caso do Rio de Janeiro, onde a rede pública de ensino médio é claramente insuficiente para atender sequer aos jovens concluintes do ensino fundamental.

O ensino médio noturno é uma ação imprescindível para que os trabalhadores que não tiveram a chance de estudar nos horário diurno, devido à sua necessidade de trabalhar em idade precoce, tenham a possibilidade de acesso à formação de ensino médio, fundamental para a sua formação geral, como cidadão, para a melhoria de sua condição de trabalho, para permitir que a opção de seguir com os estudos na Universidade. Não oferecer cursos noturnos regulares de ensino médio (e também de ensino fundamental) é pôr em prática a forma mais grosseira de exclusão social.

A visão política que dá base a esta ação é a de que os cursos noturnos não são produtivos, ou seja, é uma visão empresarial da Educação. Mas Educação não é mercadoria, é direito de todos. E para que este direito seja de fato exercido, é preciso que a Escola Pública seja gratuita, de alta qualidade – com bibliotecas atualizadas, internet e outras instalações, e de acesso universal. Nesse contexto, a presença dos cursos regulares à noite, em grande escala, com a abertura das escolas nos fins de semana, para apoio aos estudantes, é essencial.

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Ato no dia 29/ 11 contra o aumento das passagens do transporte público

Dia: 29 de novembro de 2012.

Concentração: 17h na Candelária.

Saída: 18h30m rumo à Cinelândia.

O evento acima está sendo convocado pelo Fórum de Lutas Contra o Aumento da Passagem. Segue abaixo nota emitida pelo Comitê Regional do PCB-RJ, em janeiro de 2012, sobre a situação precária dos transportes no município do Rio de Janeiro e o abusivo aumento de passagens. Meses depois, o governo Eduardo Paes repete a mesma agressão à classe trabalhadora da cidade.

Transporte Público não é mercadoria!!!

Logo no dia 1º de janeiro de 2012, ainda relaxada pelas festas de fim de ano, a população do Rio de Janeiro foi surpreendida por mais um desmando do governo Eduardo Paes: o absurdo aumento de 10% (dez por cento) das passagens de ônibus municipais, onerando ainda mais os grandes setores da classe trabalhadora que diariamente fazem uso desse meio de transporte.

Esse aumento, que beneficia apenas os aliados de Paes e os tubarões do setor de transporte da FETRANSPOR (que são os grandes financiadores de campanhas eleitorais), não traz rigorosamente nenhum benefício para a população do município do Rio de Janeiro. Ao contrário, a situação do transporte urbano na cidade é pífia: são veículos de péssimas condições que trafegam pela cidade, gerando perigo para passageiros e motoristas. Além disso, os trabalhadores do setor -motoristas e cobradores- são explorados à exaustão, sem condições dignas de trabalho, em um regime de semiescravidão imposto pelas milionárias empresas do ramo. A figura do “motorista júnior”, que desempenha ao mesmo tempo a função de motorista e trocador, acarretando stress para o empregado e risco para o trânsito (além de facilitar assaltos), é uma mostra do grau de exploração ao qual são submetidos os trabalhadores do setor. Observamos também a retirada de circulação de muitos ônibus de tarifa comum, substituídos por “frescões”, mais caros. Enquanto isso, ao mesmo tempo em que espezinha a população com seus péssimos serviços e suga ao máximo a saúde física e mental de seus empregados, as empresas do ramo enriquecem cada vez mais, contando com o beneplácito dos sucessivos governos municipais- que se limitam a medidas de “maquiagem”, superficiais, como os recentes BRS’s (Bus Rapid Service), os corredores exclusivos de ônibus que começam a tomar conta da cidade.

Não é demais lembrar que as empresas de ônibus prestam o serviço de transporte coletivo sob a forma de concessão, pois é público e, inclusive, a Constituição brasileira caracteriza tal serviço como de caráter essencial (art. 30, V). Contudo, o que se observa é o enriquecimento abusivo dos magnatas do setor, às custas da classe trabalhadora, que é a usuária tradicional de um transporte que, como se vê, de público tem muito pouco. Ademais, o desrespeito aos usuários de transporte coletivo não se limita aos ônibus; também observamos o binômio “altas passagens - péssimos serviços” nas Barcas, no Metrô e nos Trens, todos entregues à iniciativa privada, aumentando exponencialmente suas tarifas na razão inversa da qualidade do serviço prestado.

O transporte público, justamente por ser público, não pode ser gerenciado sob a ótica da economia de mercado, que por sua natureza busca apenas maximizar seus lucros em detrimento do usuário. É por isso que defendemos a ESTATIZAÇÃO dos meios de transporte, sob o controle dos trabalhadores, como única forma corrigir as mazelas do setor.


- Transporte Público não é mercadoria!
- Pela Estatização dos meios de transporte público, sob controle dos trabalhadores!


Rio de Janeiro, janeiro de 2012
Partido Comunista Brasileiro
Comitê Regional do Rio de Janeiro – PCB/RJ

terça-feira, 6 de novembro de 2012

PCB saúda o MST: Terras da Usina Cambahyba ocupadas- Reforma Agrária já!

Pelo Secretariado Nacional
06/ 11/ 2012

Durante a madrugada de sexta-feira (02/11), o MST - com apoio de outras organizações -  ocupou as terras pertencentes à extinta Usina Cambahyba [em Campos dos Goytacazes]. O complexo de fazendas (7) não cumpre função social e acumula dívidas de milhões com a União. O processo de desapropriação está parado há mais de10 anos, desde que o Incra  considerou as terras improdutivas e apontou para a possibilidade de desapropriação para fins de Reforma Agrária.

O PCB saúda o MST e apoia a ocupação das terras da Usina Cambahyba. É chegada a hora de cobrar das autoridades ações concretas que garantam justiça social. As sete fazendas pertencentes ao complexo foram consideradas improdutivas por decisão do juiz federal Dario Ribeiro Machado Júnior, em decisão divulgada em 17 de junho do corrente ano.

O complexo de fazendas de Cambahyba tem violado a lei das mais variadas formas, tais como: exploração de trabalho infantil, não pagamento de indenizações trabalhistas, crimes ambientais e outros.

Entretanto, a dívida da usina não para por aí. Recentemente, a confissão do ex-delegado do Dops Cláudio Guerra em livro causou comoção nacional . As denúncias que constam na obra “Memórias da uma guerra suja” revelam que os fornos da Cambahyba foram usados para incinerar corpos de 10 militantes políticos durante a ditadura empresarial-militar brasileira. Dentre eles, quatro eram dirigentes do Partido Comunista Brasileiro (PCB). Neste momento histórico, de ocupação das terras da extinta Usina Cambahyba, lembramos dos militantes e dirigentes do PCB que tombaram na luta durante o período da ditadura militar e tiveram seus corpos incinerados naqueles fornos:

Luís Maranhão, José Roman, João Massena e David Capistrano: presentes!