quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Público terá acesso a quantidade reduzida de ingressos para a Copa das Confederações

Pela Comissão Política Regional
28/ 11/ 2012

Dos 829.286 ingressos "adquiríveis", apenas 477.441 serão postos à venda para os torcedores (50.000 dos quais somente para brasileiros). Essa notícia, divulgada pela FIFA, que ficará com 351.845 ingressos. Para as federações, serão reservados 22.435 bilhetes e, para empresas de turismo e outras associadas ao evento, 244.330.

A notícia apenas confirma o que todos já sabiam. A Copa das Confederações, assim como a Copa do Mundo e o esporte profissional em geral, é, antes de tudo, um grande negócio, um investimento de capitais visando ao lucro, envolvendo construtoras, emissoras de TV, fabricantes de material esportivo e muitos outros setores da economia. Fatura-se muito, e, certamente, superfatura-se muito mais. E os promotores, é claro, querem vender para quem paga mais, o que exclui, necessariamente, a maioria dos trabalhadores. Mais ainda, com a redução relativa do porte dos estádios e a conseqüente redução do números de lugares, vem a inevitável alta dos preços dos ingressos e a tendência ao câmbio negro.

E o pior, e é o que tudo leva a crer, é que os equipamentos sociais construídos – em muito, por exigências da FIFA, como os sistemas de transporte públicos – não correspondem às melhores opções técnicas e econômicas e muito menos às reais necessidades sociais, como no caso do BRT, construído em substituição aos sistemas de metrôs e VLTs, que transportam muito mais passageiros e são muito mais eficientes, em todos os sentidos.